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Federação Mineira de Tênis aposta em renovação na presidência pra colher novos frutos

O tênis brasileiro vem recebendo a liderança dos atletas mineiros nos últimos anos. Com Bruno Soares, Marcelo Melo e André Sá carregando a bandeira do país por onde passam e conquistando grandes títulos, Minas Gerais tornou-se referência quando se fala do esporte no Brasil. Fora das quadras, a nova presidência da Federação Mineira de Tênis busca aproveitar o sucesso de seus atletas e deixar um legado.
À frente da renovada federação, o presidente François Rahme, o vice Felipe Castanheira e o tenista Bruno Soares bateram um papo bem legal comigo para esclarecer os novos objetivos do projeto que promete mudar os rumos do esporte no estado.
A ideia da criação da chapa surgiu de Bruno Soares e seu técnico Hugo Daibert.
Soares: A ideia veio do Hugo e de mim, em função da realidade em Minas. O tênis mineiro foi sumindo aos poucos com a falta de participaçao da federação, de atividades e de eventos. A última gestão deixou tudo de lado e a gente queria mudar. Convidamos os meninos, que são nossos amigos de infância, porque sentimos a necessidade de termos pessoas inteligentes, que entendem de negócios e que são apaixonados pelo nosso esporte.
Os grandes nomes do tênis mineiro buscam deixar um legado.
Rahme: Partiu deles o convite, principalmente do Bruno Soares, de querer entregar um legado. Tudo começou quando o Bruno nos chamou, contou a história e nos motivou a assumir esse desafio. Acho importante a gente usufruir esse momento deles, que é um mérito exclusivo, porque não tiveram tanto apoio de federação pra chegar onde estão. Merece muito destaque a intenção deles, do Bruno, do Marcelo e do André. Eles querem participar e deixar um legado, sabem da importância de estruturar a modalidade no estado. Os méritos em quadra a gente não precisa nem falar. Como pessoas e como profissionais, eles são uma referência e uma motivação enorme para nós.
Incentivados por Melo, Sá e Soares, a federação conta com o apoio dos atletas.
Castanheira: Eles participaram de algumas reuniões conosco e sabemos que eles estão juntos nessa causa. A gente se fala, eles perguntam como que estão as coisas, ajudam nas conexões com outras pessoas, veem se podem ajudar no que for possível… E isso vai aumentando a nossa responsabilidade também, porque quanto mais gente vai apostando na federação, de uma certa forma a gente fica mais pressionado a entregar um trabalho cada vez melhor. Eles são motivos de orgulho, então tê-los abraçando essa causa e escolhido a gente pra poder participar desse momento é muito especial.
A chapa, chamada Tênis Integrado, visa justamente a integração de ligas, clubes e atletas.
Soares: Acho que a coisa mais importante no tênis mineiro agora é integrar. Antes, cada um fazia suas coisas, no seu canto, com ligas separadas. Essa é a hora de juntar todo mundo e lançar a nossa ideia, mostrar pra todo mundo que a gente precisa se unir pro tênis mineiro crescer e voltar pro cenário.
A falta de iniciativa da gestão anterior era um problema para o estado.
Castanheira: A Federação não era muito proativa, mas sim reativa. Quando tinha alguma coisa, acontecia, mas não estava fomentando o esporte, desenvolvendo, investindo e nem buscando recursos.
A nova gestão já passou por diversas cidades do estado, bancando as viagens do próprio bolso, já que não há receita na federação, visando agregar o máximo de clubes e filiados possível.
Castanheira: Antes, tinha apenas seis clubes filiados. Hoje, já visitamos mais de 40 clubes e mapeamos mais de 140 clubes e academias pelo estado. A nossa expectativa é transformar, sair de seis pra 50, 60, 100 clubes filiados. Estamos pensando alto, queremos trabalhar pra atingir isso. Conversamos com muitas federações e pessoas que erraram no passado para que a gente erre menos.
O número de filiados aumentou consideravelmente, mas a gestão quer melhorar o alcance. É possível juntar-se à federação em http://www.fmtenis.com.br/.
Rahme: As pessoas estão se filiando. Em um mês e meio, temos mais filiados do que tinha no último ano. O número ainda é muito pequeno, mas a ideia é que, com os torneios e com o calendário se formando, o pessoal comece a agregar.
Os torneios juvenis, por um momento inexistentes no estado, voltarão a figurar o calendário
Castanheira: Tem três ou quatro anos que não tinha um campeonato infanto-juvenil no estado e, agora, estamos com três agendados, mais um campeonato interfederações e o brasileirão. Melo, Sá e Soares estão juntos nessa causa, participam de reuniões e ajudam com as conexões. Isso aumenta a nossa responsabilidade, é claro, mas nos pressiona a entregar um trabalho melhor ainda. Nós viajamos o mundo torcendo pelos meninos e queremos que, quando aposentarem, eles tenham outros tenistas mineiros para torcer também.
O envolvimento com o estudo acadêmico já é uma realidade
Rahme: A UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) nos procurou e fechamos uma parceria pra desenvolver toda a parte de capacitação através da plataforma online da UFOP. Vamos usufruir da estrutura pra desenvolver os cursos de tênis lá dentro e, através dessa plataforma, atingir o estado inteiro, com certificados com selo de aprovação da Federação Mineira de Tênis e da UFOP.
Uma outra vontade nossa é fechar com uma universidade para desenvolver um centro de treinamento, porque ter um vínculo com uma universidade é importante. Ter a oportunidade de desenvolver a área acadêmica, como Educação Física, Fisioterapia e cursos específicos de tênis. Essa integração acadêmica é essencial pro desenvolvimento do esporte. Seria um sonho.
Fonte: Match Tie-Break

Marcelo
Author: Marcelo

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